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A obesidade é uma doença universal que vem atingindo índices alarmantes e atualmente constitui um grave problema de saúde pública na sociedade moderna. Atualmente, existem vários métodos quantitativos para diagnosticar e classificar obesidade, o mais usado é o IMC (índice de massa corporal). O cálculo é fácil e rápido, utiliza-se o peso (em Kg) e dividi-se pela altura ao quadrado, ou seja, peso/altura x altura. Quando este valor é superior a 40kg/m2 está definido como obesidade mórbida.
De forma simplificada, quando o IMC for igual ou superior a 40 kg/m2 o paciente já apresenta indicação cirúrgica. Também são candidatos aqueles que possuem um IMC superior a 35 kg/m2 e possuem doenças associadas (diabetes, hipertensão arterial, apnéia do sono) e que tenha essa situação clínica agravada pela obesidade.
Adolescentes, idosos, distúrbios psíquicos graves, dependência de álcool ou drogas implicam uma consideração mais cuidadosa quanto a indicação e a técnica a ser utilizada. Entretanto, vale lembrar que, cada caso deve ser analisado individualmente junto a uma equipe multidisciplinar.
Existem atualmente, três técnicas mais empregadas no mundo inteiro: a cirurgia de Capella, cirurgia de Scopinaro e colocação de banda gástrica ajustável. Nos EUA, a cirurgia de Capella é a mais utilizada atingindo 70-80% de todas as cirurgias realizadas neste país. Várias condições são analisadas para definir a técnica que será empregada, como: perfil dos hábitos alimentares, condição psíquico-social ou até preferência pessoal do paciente. É importante que o paciente conheça todas as vantagens e desvantagens de cada cirurgia para que junto à equipe multidisciplinar possa optar pela técnica a ser escolhida.
O balão intra-gástrico é uma prótese de silicone com capacidade variável entre 400 – 700 mL colocada transitoriamente dentro do estômago através da cavidade oral por endoscopia digestiva. Só é utilizado em situações muito especiais como por exemplo, preparar superobesos (pacientes com IMC >50 kg/m2) para cirurgia definitiva, fazendo com que percam peso e minimizem os riscos pré-operatórios destes pacientes.
Nos trinta primeiros dias do pós-operatório a consistência da dieta é líquida coada, ou seja, água de coco, caldo da canja, suco de frutas (passado no coador de café), chás, etc. Com passar dos dias, a alimentação vai evoluindo para pastosa, esta fase é variável, depende de paciente para paciente. Passado o primeiro mês, a alimentação passa a ser mais consistente, neste momento a mastigação exaustiva deve ser rigorosamente instituída.

A partir do terceiro mês, em média, a alimentação encontra-se muito próxima do “normal”, nesta fase o paciente é capaz de selecionar os alimentos que lhe traga mais conforto, satisfação e qualidade nutricional. Em torno do quarto mês, o paciente já apresenta certa “independência” nutricional e encontra-se apto a reconhecer quais os alimentos ricos em proteínas, lipídeos, glicídios e vitaminas. O aprendizado da mastigação e deglutição lentas são fatores determinantes para uma boa adaptação dietética.
Sim. As deficiências nutricionais são pontos marcantes e que devem ser rigorosamente monitoradas durante o seguimento pós-operatório. Complexos vitamínicos são usados rotineiramente após a cirurgia a partir do momento que o paciente já esteja autorizado a ingerir comprimidos.

Medicações que diminuem a secreção ácida do estômago também são utilizadas inicialmente a fim de prevenir úlceras e manter um “repouso” gástrico.
A gestação na obesa mórbida acarreta graves problemas, não só a ela, como também ao feto levando muitas vezes a abortos repetidos. Na paciente submetida a cirurgia bariátrica ocorre uma melhora nos níveis hormonais, além do controle de doenças como diabetes e hipertensão propiciando uma maior segurança quanto ao período gestacional. Como nos 12 primeiros meses de pós-operatório é o período de maior perda de peso, não é recomendado engravidar neste momento, aguardando um período de maior estabilização do peso a fim de garantir um gestação mais segura.
A cirurgia para obesidade mórbida é uma cirurgia de grande porte envolvendo uma equipe multidisciplinar de profissionais treinados a lidar com este perfil de pacientes. Entretanto, apesar dos bons resultados não existe uma garantia de sucesso. A reoperação pode ser necessária e nenhum paciente deve ser submetido a cirurgia bariátrica se não estiver preparado para aceitar esta possibilidade.

Na perspectiva de minimizar os riscos, o paciente deve ficar atento quanto à capacitação da equipe envolvida, reuniões pré-operatórias e o local (unidade hospitalar) onde será realizado o procedimento.Converse com a equipe e tire suas dúvidas nas nossas reuniões.
Em média, é esperada uma perda de 30-50% do peso inicial do paciente após um ano da cirurgia.
Sim, isto é possível. Felizmente o percentual é muito pequeno Várias razões podem estar por trás disso, como a transferência para compulsão de ingestão excessiva de bebidas alcoólicas. Devido ao alto teor calórico do álcool, esta pode ser uma importante causa de insucesso pós-operatório.

Outras possibilidades são certas readaptações alimentares como a boa tolerância para açúcares sem os sintomas da síndrome de dumping (quadro caracterizado pela intolerância aos açúcares após a cirurgia). Isto tudo pode ser amenizado quando o paciente prevê um acompanhamento multidisciplinar regular favorecendo melhor qualidade e adequação da quantidade, assim como, tratamento psicológico dos possíveis distúrbios alimentares e melhora da qualidade de vida com o incentivo para a prática de atividade física diária.
Nem todos os pacientes são candidatos à cirurgia plástica no pós-operatório, esta decisão varia de caso a caso. Elasticidade de cada tipo de pele, queixas estéticas, danos estéticos causados pela perda de peso, perda ponderal no período, tudo isso é levado em consideração, entretanto, quando realizada, é feita a partir de 12-18 meses após a cirurgia bariátrica.
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